Não cultue ídolos. Em algum momento eles vão te decepcionar. Abra olhos e ouvidos para cada pequeno aprendizado que puder apreender com todas as pessoas que cruzam sua vida. Não legitime autoridade ou hierarquias que se justificam pela formalidade que há muito já perderam a realidade a qual faziam referência. Tradições devem ser mantidas pelo afeto coletivo e não pela casca. Desenvolva a perspicácia de enxergar através dos títulos: pessoas para as quais são concedidas importância e reconhecimento coletivo são pessoas. Somos, aliás, todos divinos. Estar vivo é estar em contato com a existencia e todas suas simbologias: vida, processo, nascimento, morte, dedicação, objetivo, persistência. Somos todos importantes. Estar vivo é importante. Não entregue a autonomia de sua vida nas mãos de outras pessoas. Compartilhe, relacione, respeite, ceda, tope, mas, não se desfaça de si, da sua capacidade de discernimento, da sua sobriedade. Olhos nas costas. Confie em pessoas que conhece de perto. Desenvolva força, atenção, agilidade. Poupe energia para os tempos dificeis. E para os abusadores, punição. Médicos devem cuidar, curar. Todo meu desprezo por profissionais da saúde – homens e mulheres – que violentam em seus consultórios.
Daniela Alvares Beskow
09 de dezembro de 2018
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